domingo, 6 de março de 2011

Samba da Canários define homenagem às mulheres


A Canários neste carnaval homenageia a mulher que é mãe, esposa e cidadã, reeditando um grande sucesso de 1991; naquele ano foi campeã do Grupo de Acesso C, com o enredo: “Lugar da Mulher é na História: uma homenagem à mulher”. E para coroar a homenagem, a escola desfilará na terça-feira, 8 de março, no Dia Internacional da Mulher. A escola fará o desfile pelo Grupo Rio de Janeiro 04 (antigo Grupo de Acesso E), na Estrada Intendente Magalhães, em Campinho.

A mulher Nobel da Paz é Madre Tereza de Calcutá, a mãe dos pobres. Anna Nery a primeira enfermeira do Brasil; Anita Garibaldi que lutou pela Revolução Farroupilha; a brasileira, Olga Benário Prestes morreu na câmara de gás nazista; Mãe Menininha do Gatois; Anita Malfatti, Raquel de Queiroz, Clarisse Lispector, Frida Khalo, Chiquinha Gonzaga, Isabel de Valença; Princesa Isabel, a Libertadora, Leila Diniz, Mercedes Batista, Carmem Miranda, Carlota Pereira de Queiroz e muitas outras mulheres notáveis que se destacaram por seus feitos estão na letra do samba da Canários.

Com a entusiasmada participação seus componentes, em grande parte moradores dos bairros e comunidades da Lapa, Laranjeiras, Flamengo, Glória, Catete Cosme Velho e adjacências e de vários movimentos sociais, sobretudo dos movimentos de mulheres, A história da humanidade traz um repleto leque que registra a importância da mulher para o Brasil e para o mundo.Mulheres com histórias de vida ligadas às escolas de samba também serão homenageadas pelo pelo Canários e sobretudo o Dia Internacional da Mulher.

A data surgiu a partir do dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho.

Elas exigiam a redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857.

Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). Ao ser criada esta data, não se pretendia apenas comemorar. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual.

O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem, em muitos locais, com salários baixos, violência mascu-lina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.

Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história. Podemos dizer que o dia 24 de fevereiro de 1932 foi um marco na história da mulher brasileira. Nesta data foi instituído o voto feminino. As mulheres conquistavam, depois de muitos anos de reivindicações e discussões, o direito de votar e serem eleitas para cargos no executivo e legislativo.

Marcos das Conquistas das Mulheres na História - 1788 - o político e filósofo francês Condorcet reivindica direitos de participação políti-ca, emprego e educação para as mulheres; 1840 - Lucrécia Mott luta pela igualdade de direitos para mulheres e negros dos Estados Unidos;

Em 1859 - surge na Rússia, na cidade de São Petersburgo, um movimento de luta pelos direitos das mulheres; 1862 - durante as eleições municipais, as mulheres podem votar pela primeira vez na Suécia;1865 - na Alemanha, Louise Otto, cria a Associação Geral das Mulheres Alemãs;

Em 1866 - No Reino Unido, o economista John S. Mill escreve exigindo o direito de voto para as mulheres inglesas;1869 - é criada nos Estados Unidos a Associação Nacional para o Sufrágio das Mulheres; 1870 - Na França, as mulheres passam a ter acesso aos cursos de Medicina;

Em 1874 - criada no Japão a primeira escola normal para moças; 1878 - criada na Rússia uma Universidade Feminina; 1901 - o deputado francês René Viviani defende o direito de voto das mulheres; 2010 Eleição da primeira mulher a Presidente do Brasil, Sra. Dilma Rousseff, que também será lembrada no enredo da escola.

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